Desde adolescente, Jeilson Sapucaia sonhava em ser um jogador profissional de Esports, mas essa carreira não deu certo e ele, então, viu no Poker uma oportunidade de fazer algo que ele realmente gostasse e conseguisse ser remunerado por isso.
Mas, como na maioria dos casos, a carreira de Jeilson no Poker não foi assim tão simples e nem aconteceu de maneira rápida.
Jeilson “jejez1n” passou anos jogando Poker recreativamente enquanto mantinha um emprego formal como Técnico Sênior em Eletrônica e cursava Engenharia Elétrica. “Nesse período eu quase não tinha tempo para o Poker. Foi apenas durante a pandemia que, por estar mais em casa, consegui encaixar o Poker na minha rotina. Nesse período eu conheci o Max Lacerda e fiz o curso dele de Cash Game com o Charada. Fiquei alguns meses aplicando aquela estratégia e consegui me tornar um vencedor de NL2”, contou o jogador.
Mas a vida começou a voltar ao normal, Jeilson precisou voltar a sua velha rotina e o Poker, mais uma vez, perdeu espaço e ele ficou mais um ano longe das mesas.
O tempo passou e Jeilson, insatisfeito com a vida que levava, fez o que ele chama de “ALL-IN DA MINHA VIDA”. Ele decidiu sair do emprego e trancar a faculdade para se dedicar exclusivamente ao Poker.
“A primeira coisa que fiz foi conversar com a minha esposa, expliquei como me sentia e quais eram as possibilidades e como funciona uma carreira de um jogador profissional de Poker. Como ela não tinha nenhum conhecimento do jogo, mostrei a ela alguns exemplos de pessoas que já faziam isso e eram bem-sucedidas e como funcionava todo o processo. Ela me apoiou e disse para eu tentar. Também consegui um acordo com a empresa que eu trabalhava e isso me garantiu uma reserva financeira e uns sete meses de contas pagas, sendo assim eu tinha este tempo para consolidar a minha carreira”, disse Jeilson.
O jogador decidiu então que, para conseguir se consolidar neste período, ele deveria entrar para um time de Poker e, através do instagram do nosso co-fundador, Mateus Zinhao, ele conheceu a CardRoom, que na época era a única porta de entrada para o Metagame Principal já que o time Micro ainda não existia.
Segundo Jeilson, durante este período na Card ele teve acesso a aulas gravadas do Zinhao e aulas semanais com instrutores que eram jogadores do Metagame e, assim, ele viu que a estratégia do time era realmente muito lucrativa o que o fez querer chegar logo ao Metagame. Em quatro meses Jeilson saiu da NL para a NL50 e no quinto mês conseguiu fazer um saque relativamente bom. “Foi quando eu senti que as coisas realmente iriam dar certo e que eu estava cada vez mais próximo de chegar ao Metagame e jogar os limites mais caros”.
Depois de onze meses na CardRom, “jejez1n” finalmente chegou ao Time Principal e o período inicial, segundo ele, não foi muito fácil. “O time havia alterado a metodologia que estava ainda mais complexa, mas eu sabia que para conseguir escalar os limites rapidamente precisaria aprender e colocar em prática da melhor maneira possível e com qualidade. Com o suporte e apoio de todo o time, eu consegui”.
Em apenas três meses o jogador fez move up do Tier 3 para o Tier 2 e foi eleito jogador do mês. No mês passado, mais um move up, dessa vez para o Tier 1. E essa rápida escalada de limites dentro do Metagame é algo que Jeilson focou desde o início da sua carreira, afinal, ele conseguiu sair da NL5 para a NL200 em apenas um ano e meio.
Questionado sobre o segredo desta rápida ascensão a resposta foi: trabalhar duro, ter disciplina para cumprir as obrigações, muita disposição para estudar/grindar e humildade para aprender! O jogador contou ainda que sempre procura fazer mais do que o que é exigido pelo time, seja em questão de volume de jogo ou de estudo.
Por falar em estudos, Jeilson se apoiou muito no software exclusivo do Metagame para treinar estratégias. “Decidi que iria usá-lo bastante para masterizar as heurísticas. Fazia uso do software durante umas 3/4 horas por dia e fiz muito volume de treino, com isso, consegui replicar tudo durante o grind e isso funcionou muito bem. Sinto que evoluo rápido porque confio no time e nos coaches, tudo que é passado por eles consigo colocar em prática sem duvidar da estratégia”.
Para o futuro o jogador quer continuar focado no Poker e chegar aos highstakes dentro do Metagame afinal, segundo ele, o time mudou a sua vida.
“O que me motiva é lembrar da minha vida antes de me tornar Profissional de Cash Game, trabalhava mais de 12 horas por dia em um emprego que eu não gostava e ainda era muito mal remunerado, não tinha qualidade de vida e nenhum tipo de reconhecimento. No Poker é totalmente diferente, tudo aqui é meritocrático, quanto mais volume de trabalho você colocar mais dinheiro você vai ganhar e mais reconhecido vai ser. No Metagame somos muito valorizados pelos nossos esforços e estamos rodeados de pessoas com o mesmo objetivo”, disse Jeilson.
